sexta-feira, 28 de maio de 2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
as escritura de nitiren daishonin
RESPOSTA AO LORDE MATSUNO
(Matsuno-dono Gohenji - Páginas 1381 a 1387)
VOLUME I
(TRECHOS DO GOSHO)
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Em sua carta o senhor perguntou: "Desde o momento que abracei o Sutra de Lótus, tenho continuado a ler o Junyoze e o Jigague
e a recitar o Daimoku sem afastar-me da fé. Contudo, desejaria saber qual é a diferença entre os benefícios recebidos quando um sábio recita o Daimoku e quando nós o recitamos. " Não existe diferença nos benefícios do Daimoku. O ouro é o mesmo, seja nas mãos de um tolo ou de um sábio. Nem o fogo é diferente simplesmente porque é feito por por um tolo ou um sábio. Contudo, existirá uma diferença caso recite o Daimoku opondo-se ao espírito do Sutra de Lótus.
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São quatorze as cauas do mal:
1) arrogância, 2) negligência, 3) julgamento egoístico, 4) julgamento superficial, 5) avareza, 6) recusa à compreensão, 7) descrença, 8) recusa a ouvir, 9) dúvida errônea, 10) calúnia, 11) desrespeito aos crentes, 12) ódio aos crentes, 13) desconfiança aos crentes, 14) inveja aos crentes.
Estas quatorze calúnias aplicam-se igualmente aos bonzos e aos leigos. Quão temível é o pecado de cometer qualquer uma destas calúnias.
No passado, o Bodhisattva Fukyo ensinou que todas as pessoas têm a natureza de Buda dentro de si e que abraçando o Sutra de Lótus todos podem alcançar o Estado de Buda. Acreditando que desprezar uma pessoa é desprezar o próprio Buda, ele curva-se diante de quaalquer pessoa com profunda reverência. Sentiu que mesmo os que não acreditavam no Sutra de Lótus poderiam vir a crer neste, e assim adorou-os pelo seu inerente Estado de Buda. Portanto, as pessoas que abraçam o Sutra de Lótus devem respeitar-se entre si muito mais, sejam bonzos ou leigos.
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"Se uma pessoa vê os que abraçam este sutra e os injuria, seja verdade ou não, será castigada com lepra na presente era, sendo ou não verdade o que ele fala." Como está claro nestes ensinos, os crentes no Sutra de Lótus nunca devem se ofender estre si, porque todos os que têm fé no Sutra de Lótus são certamente Buda."
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Não importa quão humilde possa ser a pessoa, se a sabedoria desta é um mínimo maior do que a sua, deve perguntar-lhe a respeito do significado e intenção do Sutra.
Não obstante, as pessoas desta era maléfica são tão arrogantes, preconceituosas e adeptas da fama e fortuna, que temem ser igualmente desprezadas se tornarem-se discípulas de uma pessoa humilde e procurarem aprender alguma coisa dela. Constantemenete imersas em tal atitude errônea, elas parecem estar destinadas aos maus caminhos.
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Mesmo o ignorante pode obter benefícios servindo à pessoa que expõe o Sutra de Lótus. Não importando se é demônio ou animal, se ele proclama mesmo um só verso ou frase do Sutra de Lótus, o senhor deve respeitá-lo igualmente como se fosse o Buda.
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Observando profundamente o mundo, Sessen Doji descobriu que nada é permanente, e tudo muda, e todo ser que vem à existência está infalivelmente destinado a morrer. A transitoriedade com que o orvalho desaparece ao sol, ou pelos relâmpagos, ou pelas chamas que sobem em fumaças, ou pelas frágeis folhas de tanchagem que se desintegram.
Ninguém fica mais desgostoso que pais idosos cujos filhos os precedem na morte. Vivendo em estado de impermanência e incerteza neste mundo de vaidade, as pessoas preocupam-se unicamente com suas riquezas durante esta vida. Do alvorecer ao escurecer eles concentram-se em atividades mundanas, mas jamais reverenciam o Buda e nem abraçam a fé na Lei. Ignorando a prática budista e faltando-lhes sabedoria, eles desperdiçam futilmente as suas vidas dia após dia.
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"Existem muitos peixinhos, mas poucos sobrevivem até a maturiddae. São muitas as flores da mangueira, mas poucas tornam-se frutos. Semelhantemente, muitos procuram a iluminação em seus corações, mas somente uns poucos persistem na prática até chegarem ao objetivo final. A aspiração à iluminação nos mortais comuns é frequentemente perturbada pelas más influências, e facilmente abalada pelas circunstâncias.
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"Tudo é mutável, nada é constante; assim é a lei do nascimento e da morte. Extinguindo os sofrimentos do nacimento e da morte, a pessoa entra no Nirvana. Essa é a verdadeira felicidade."
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Não se deve apegar demasiadamente à sua vida. Mesmo que o deseje , não poderá ficar com ela para sempre. As pessoas podem viver muito tempo, mas raramente vão além dos cem anos.
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Se o senhor fica entristecido neste mundo atormenetado, deverá recitar Nam-myoho-rengue-kyo, lembrando-se que os sofrimenrtos desta vida são tristes, mas que na próxima existência podem ser muito piores...
Continue sua prática inabalavelmente até o momento final de sua vida e, quando chegar o tempo observe!
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FUNDO DE CENA
Esta longa carta foi endereçada a Matsuno Rokuro Zaemon, em resposta à sua pergunta sobre a prática do Sutra de Lótus. Nitiren Daishonin alertou sobre as quatorze calúnias e disse-lhe que não devia poupar sua vida pelo Sutra de Lótus. A carta está datada de 9 de dezembro de 1276.
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Citando passagens importantes do Sutra, Daishonin explica dedicadamente a maneira como devemos praticar o Sutra de Lótus.
A advertência contra as quatorze calúnias e o ensino da prática sem egoísmo são os dois pilares deste escrito.
ode a juventude
e a nossa decissão - Divisão dos Rapazes da BSGI
Daisaku Ikeda
Volume II
1 9 7 9
Nós jamais deteremos em nossa marcha
Incessantes somos como um rio fluente.
Alguns, poderão vacilar na caminhada
Cobrindo-se de doces sonhos.
Outros, evitando o alcantilado píncaro
Poderão muito facilmente
Retornar às luzes da cidade.
Nós jamais deteremos em nossa marcha - na luta que visa à realização da evolução humana e do Kossen-rufu não deve haver jamais um instante sequer de descanso ou estagnação. É conforme afirma o Gosho: "Aprofundem sua fé dia após dia e mês após mês."
A estagnação indica rotina e arrebata a alegria e o impulso para o desafio, trocando-os pelos lamentos e fuga. Em todo caso, o exercício budista resume-se numa só coisa: alcançar ou não o Estado de Buda. Não existe o meio termo nesta prática. Ou está avançando ou não está fazendo nada.
Se o nosso progresso atrasar mesmo por um passo, devemos saber que a paz da sociedade também está sendo atrasada. Portanto, com forte consciência neste ponto, devemos desafiar a nós mesmos e vencer as nossas próprias fraquezas.
Incessantes somos como um rio fluente - indica a fé como água corrente. Em outras palavras, indica a continuidade. Não pode haver a concretização do objetivo sem a continuidade.
Há ocasião em que um jovem empenha-se com todo entusiasmo nas atividades, mas, por outro lado, muito facilmente ele tende a perder de vista o objetivo, influenciado pelas circunstâncias. De forma geral, dizem que os jovens de hoje enfraqueceram na sua persistência e coragem, e muitos desanimam no meio da caminhada de sua formação. Entretanto, no mundo da prática da fé não pode acontecer o mesmo.
Nas ocasiões normais e principalmente nas horas que enfrentam sérias adversidades, devem agitar ainda mais a bandeira de sua coragem e persistência e empenhar firmemente na prática da fé. Já é hora de estabelecermos dentro de nós uma firme determinação de empenhar de forma inabalável em prol do Kossen-rufu e da evolução humana que certamente não é plana nem sem nenhum obstáculo. Haverá ocasião em que sozinho deverá enfrentar os ventos fortes das adversidades. Haverá também ocasião em que deverá caminhar desafiando as fraquezas de si mesmo, sem permitir que os doces sonhos arrebatem-no da nobre estrada que o conduzirá ao estabelecimento da plenitude da vida. Porém, existem muitos fatores em nossas voltas que tentam obstruir o exercício budista. É muito fácil sermos arrastados pelo lado da comodidade, entretanto, dedicar e desafiar dias de construção necessita de muita coragem e persistência.
Na juventude em que deve ser construída a base do curso de vida, muitos jovens, cobrindo-se de doces sonhos e perdendo-se nas tentações momentâneas, buscam os prazeres superficiais.
Esses jovens podem ser classificados como pessoas sem coragem e de fraco espírito que não podem suportar o trabalho da construção de si mesmo e da formação de uma personalidade inabalável.
No Gosho diz o seguinte: "Abandonar o superficial e adotar o profundo é o espírito de coragem". Nós jamais deveremos atrasar na marcha da Soka Gakkai ou afastar da estrada do Kossen-rufu dominados pela própria fraqueza. Vamos, pois, empreender a nossa vida no Kossen-rufu, avançar dia após dia, desenvolver-nos mês após mês, e construirmos um curso de vida de real valor evidenciando as brilhantes comprovações da prática do Budismo de Nitiren Daishonin.
Bom final de semana.
Abraços,
Maria da Paz
diferença deuma pessoa que tem coragem p/ uma que è covarde
REPASSANDO ESTE TEXTO QUE RECEBI .. E SEM COMENTÁRIOS .. O TEXTO POR SI SÓ É UM PRIMOR.
Muitos são os que sonham, mas poucos os que lutam por eles.
Muitos os que desejam mudanças, mas poucos estão empenhados em mudar.
Muitos os que querem os frutos, poucos disposto à plantar.
Muitos vão á escola, poucos aprendem realmente.
Muitos os que dizem te conhecer, poucos realmente te entendem.
Muitos sabem recriminar, poucos sabem incentivar.
Muitos reclamam, poucos agem.
Muitos se oferecem para o trabalho, poucos aparecem.
Muitos desejam, poucos trabalham.
Muitos são exigentes, poucos oferecem.
Muitos passam fome, poucos se fartam.
Muitos pedem, poucos dão.
Muitos reclamam, poucos lutam.
Muitos neste dia, perderão a oportunidade bendita de "renascer", de transformar desapontamentos em experiências, crise em oportunidade, ódio em perdão, desamor em fraternidade, revolta em humildade, tristeza em esperança, morte em vida eterna.
Muitos vão ainda lamentar o passado, continuarão sonhando com o que não existiu e nem vai existir, poucos vão arregaçar as mangas e recomeçar.
Assim, a vida oferece muitos recursos, mas poucos os enxergam, na busca de facilidades que não existem na Natureza que trabalha sem cessar, no mundo que se modifica em átomos, células e DNA's, para compor à cada minuto um novo tempo, para um novo ser, para que haja Luz e que você brilhe, além do tempo, além da própria morte, que será apenas passagem para a eternidade que nos aguarda.
Diante de você, o próprio tempo espera a sua decisão: renovar e seguir adiante, ou suspirar, lamentar e esperar a compaixão do mundo. Aproveite esse instante e siga em frente, renovando-se na força do Criador que lhe estende a mão, que lhe empurra para a vitória.
Só depende de você.
Eu acredito em você.
Desconhecido
“O interesse que tenho em acreditar numa coisa não é a prova da existência dessa coisa.”
(Voltaire)
budismo e cristianismo
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Na sua essência, o cristianismo, juntamente com o judaísmo e o islamismo, são classificados como religiões reveladas: em que Deus fala aos homens. Uma religião revelada é caracterizada pela livre comunicação salvadora que Deus faz de si mesmo ao homem pecador, em Cristo, pela comunicação pessoal e, ao mesmo tempo, comunitária (Igreja).
Já o budismo situa-se no grupo das religiões classificadas como salvíficas. São aquelas religiões portadoras dos meios de que o homem precisa para salvar-se dos sofrimentos presentes e conseguir a felicidade. Neste grupo encontram-se, além do budismo, o confucionismo, o taoísmo, o hinduísmo. Estas religiões, como o fizeram Zaratustra, alguns filósofos gregos e profetas judeus, que, espiritualizando e aprofundando o pensamento, abriram caminho a uma religiosidade, ao mesmo tempo pessoal e universal.
O cristianismo, fiel à tradição do pensamento religioso ocidental, considera o homem inteiramente dependente da graça de Deus ou da Igreja, na sua qualidade de instrumento terreno exclusivo da obra da redenção sancionado por Deus. O homem é infinitamente pequeno, um quase nada, enquanto a graça de Deus é tudo. E esta graça vem de fora. Provém de uma outra fonte: Deus. No cristianismo, o homem procura conciliar os favores de Deus mediante o temor, a penitência, as promessas, a submissão, a auto-humilhação, as boas obras e os louvores. Se modificarmos um pouco a fórmula e em lugar de Deus colocarmos outra grandeza, como, por exemplo, o mundo, o dinheiro, teremos o quadro completo do homem ocidental zeloso, temente a Deus, piedoso, humilde, empreendedor, cobiçoso, ávido de acumular apaixonada e rapidamente toda a espécie de bens deste mundo tais como riqueza, saúde, conhecimentos, domínio técnico, prosperidade pública, bem-estar, poder político, conquistas etc. Quais são os grandes movimentos propulsores de nossa época? Justamente as tentativas de nos apoderarmos do dinheiro ou dos bens dos outros e de defendermos o que é nosso. A inteligência se ocupa principalmente em inventar ’ismos’ adequados para ocultar seus verdadeiros motivos ou para conquistar o maior número possível de presas. O budismo, seguindo a tradição oriental, sublinha o fato de que o homem é a única causa eficiente de sua própria evolução superior. Ao contrário do cristianismo, acredita na “auto-redenção”, ou seja, o homem é Buda e se salva por si próprio.
O budismo se baseia na realidade psíquica enquanto condição única e fundamental da existência. A psique é o elemento mais importante, é o sopro que tudo penetra, ou seja, a natureza de Buda; é o espírito de Buda, o Uno, o Dharma-kaya. Toda vida jorra da psique e todas as suas diferentes formas de manifestação se reduzem a ela. É a condição psicológica prévia e fundamental que impregna o homem em todas as fases de seu ser, determinando todos os seus pensamentos, ações e sentimentos.